04 abril 2015

Sobre o amor verdadeiro

Senta que lá vem história... no último fim de semana eu fui assistir o live action de Cinderela que estreiou recentemente, os sentimentos se misturaram com o passar do filme, eu me sentia feliz, porque o filme era lindo, como qualquer romance de contos de fadas; eu me sentia nostálgica, porque eu me sentia como uma garotinha vendo toda aquela mágica; e eu me sentia triste, porque não tenho certeza se acredito mais em toda essa magia.

Existem diferentes tipos de magia, existe a magia das histórias, com brilho, fadas madrinhas e encantos, existem aquelas que chamamos no nosso mundo de milagres, e existem pequenas magias que acontecem no nosso cotidiano e que nem sempre estamos atentos para enxergar. Acho que o amor é a forma mais terrena de magia que conhecemos. "Conhecemos."

Como se pode definir o amor? Qual a diferença entre paixão e amor? Bom, eu tenho uma opinião momentânea sobre o assunto. Para começar essa diferenciação, amor não se conquista, a paixão sim, nela existe todo um jogo de convencimento e conhecimento, quando esse jogo acontece entre as duas partes, chamamos de recíproca. Com o amor não é tão complicado, ou ele existe, ou ele não existe, você não pode convencer alguém a amar você.

O amor muitas vezes não é recíproco, nele, assim como na paixão, há dor, sofrimento, ansiedade, angústia, medo... mas no amor, diante de tudo isso, está tudo bem. Dói quando sua mãe briga com você porque você fez algo errado, dói quando sua ou seu melhor amigo para de falar contigo por algum motivo, dói quando a garota ou o cara que você gosta não gosta tanto assim de você, a falta de reciprocidade é inaceitável para a paixão, para o amor, fica tudo bem de uma forma ou de outra.

A paixão invade, o amor reside. A paixão é aquele sentimento repentino que preenche, nada mais importa diante dela e toda sua imensidão, todas as nossas decisões vão se remeter a ela. O amor dá brechas para outros sentimentos, é possível amar alguém e não gostar daquela pessoa ao mesmo tempo, parece bobo, mas isto nos dá o poder de fazer nossas próprias escolhas e optar por um caminho diferente. Surpresa! O amor permite que a paixão coexista.

O amor é individual, ele é seu, só você sabe o tamanho e a forma que ele se expressa, não me pergunte porque nós somos tão desesperados por demonstrá-lo, isto ainda é um mistério para mim, acredito que é porque ele transborda tanto que queremos passá-lo adiante, sim, acho que é isso, passá-lo adiante nos faz feliz.

O amor é infinito, o que basicamente significa que você não vai se livrar dele, o que não significa que "se você ama, você vai abrir mão de toda sua vida", lembre-se que a escolha sempre vai ser sua. É por isso que falam da importância de ter amor próprio, diz respeito de não se deixar levar pelo sentimento por outro e acabar colocando o outro antes de você, só não vá usar isso de desculpa para fazer decisões idiotas.

Sobre o seu amor por outro alguém: era aqui que eu queria chegar, afinal, se você analisar tudo o que eu falei, vai achar isso no seu amor pela família, por certas músicas, certos lugares, por exemplo. Mas e quando se trata do "mais um"?

Quando o amor é recíproco, e eu estou falando de uma forma mais restrita de reciprocidade, isto é, quando duas pessoas se amam igualmente, nem um pouquinho a mais, nem um pouquinho a menos. Há paixão, há tristeza, há brigas, há carinho, há devoção, há tudo, mas o amor sempre basta.

É claro que tudo aqui é uma mera opinião minha, nem eu tenho uma ideia construída e definitiva sobre o amor, ainda estou aprendendo. Eu só sei duas coisas, uma: se você ama algo, digamos, o céu, você olha para o céu e sente o infinito te preenchendo como se este único momento durasse sua vida inteira, o céu não fez nada por você, ele está lá, e você ama assim, inexplicavelmente, e se você pode sentir em alguém o mesmo que você sente à frente de todas as coisas que ama, bom, você está ferrado, amigo, mas eis uma notícia boa, vai ficar tudo bem. E dois: não existe amor verdadeiro, o amor em si, é verdadeiro. E isto basta.

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